O Movimento Paranista, exaltado no Memorial Paranista, foi uma proposta estética regional, concebida para valorizar a identidade paranaense por meio de elementos que simbolizassem a singularidade do Paraná nas artes. O pinheiro (o principal deles), o pinhão, a erva-mate, a onça e a gralha azul estavam entre eles. O escultor João Turin se identificou com os objetivos do Paranismo tão logo retornou ao Brasil, em 1923, depois de 17 anos vivendo na Europa.
Com origens na emancipação do Paraná de São Paulo, em 1853, o Paranismo visava à afirmação da identidade paranaense. Nas artes plásticas, reuniu nomes como Bakun, Traple, Nísio e De Bona – todos eles, ao lado de Turin, com obras no acervo do Museu Municipal de Arte (MuMA). O movimento ganhou corpo durante toda a década de 1920 e atingiu seu ápice nos três últimos anos do período.
Elementos
Turin foi o grande destaque do Paranismo e, além de suas esculturas e relevos, procurou levar os elementos paranistas para o segmento da arquitetura e interiores (como detalhes de projetos de residências, móveis e túmulos) e até mesmo para a moda feminina.
A capa da revista mensal Ilustração Paranaense, onde a imagem de um homem de braços abertos se funde à de um pinheiro em meio a uma floresta de araucárias, sintetiza a proposta estética. João Turin assina a arte.
O movimento também encontrou entusiastas no historiador Romário Martins e no pintor João Ghelfi, entre outros.