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29 abr

Ex-alunos do programa MusicaR voltam a se reunir com antigos colegas

Publicado em: Capela Santa Maria por: viridiana
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Um grupo de seis ex-alunos do MusicaR, programa de musicalização e canto coral oferecido pela Prefeitura desde 2017, voltou a se reunir nesta semana. Eles estavam longe do programa desde que fizeram 17 anos e atingiram a idade máxima para frequentar as aulas.

O cenário do reencontro foi a Capela Santa Maria da Prefeitura, o endereço da música erudita na cidade. A convite do professor Edmilson Costa da Fonseca, mataram a saudade e conversaram sobre a nova rotina de universitários – muitos na área da música -, os projetos para o futuro e deixaram claro que, se eles saíram do MusicaR, o MusicaR não saiu deles, por ter sido marcante para a formação de cada um.

Curta ausência

Nem bem deixou o programa, no ano passado, Gabrielle de Gois Bonatto está de volta. Se entre 2018 e 2021 ela foi aluna do MusicaR na Regional Boqueirão, agora é estagiária do programa nas regionais Boa Vista e Bairro Novo.

Gabrielle foi aprovada no curso de Música da FAP (Faculdade de Arte do Paraná), decidiu investir na carreira que aprendeu a amar por causa do MusicaR: a docência.

“O meu negócio é ser professora. Meu sonho era ser professora do MusicaR e foi por causa dele que decidi estudar Música”, conta Gabi, como é chamada.

Ela ficou sabendo da existência do programa assistindo à televisão. “Só mudou o tipo de responsabilidade. Antes eu estudava; agora, estudo e planejo aulas para os meus alunos. O prazer continua o mesmo”, conta.

Geração home office

Gabi também foi uma das responsáveis pela chegada de Beatriz Fossá Rodrigues para o programa de musicalização e canto. Aluna do curso de Produção Cênica na Universidade Federal do Paraná, mas com ânimo de se transferir para o de Música, ela é da geração home office do MusicaR.

Beatriz frequentou por vídeo mais de 90% das aulas, entre 2020 e 2021. Foram os dois anos mais duros da pandemia de covid-19, porém, tempo suficiente para ter certeza de sua paixão pela proposta do curso e pela música.

“Foi um tempo sem ver pessoas mas foi um período muito rico, intenso e inesquecível”, afirma a universitária, que também deve sua chegada ao MusicaR à secundarista Aldine Maria Selis Copetti.

Aluna do último ano do curso Técnico em Química e já fora das aulas do programa, ela considera a possibilidade de prestar vestibular na área. Aldine, Gabi e Beatriz se conheceram no Coral da Biblioteca Pública, onde as duas primeiras fizeram a maior propaganda do MusicaR para a amiga.

Jovem professor

Um dos alunos mais antigos do programa e o primeiro a entrar na faculdade, Rafael Andretta Selusnhaki está no último ano do curso de Música na FAP (Faculdade de Arte do Paraná) e é outro que passou de aluno a professor. Ele dá aulas de musicalização em uma escola de Educação Infantil.

“O MusicaR despertou interesses na área e influenciou muito as minhas escolhas”, conta o jovem professor. Ele frequentou o curso oferecido na Rua da Cidadania do Cajuru. Antes, com o pai, também fez parte do coro Nosso Canto – outra ação cultural na área da música oferecida pela Prefeitura.

Som e imagem

Faz quatro anos que a estudante de Artes Visuais da Embap (Escola de Música e Belas Artes do Paraná) Vanessa Conke de Oliveira foi até a Rua da Cidadania de Santa Felicidade para fazer a Carteira de Trabalho. Foi quando notou, sobre uma porta, a placa com o nome “MusicaR” e ficou curiosa. Voltou para casa com o documento de identidade profissional e a matrícula na atividade que fez parte da sua vida de 2018 a 2021.

Interessada em canto e violão popular, que hoje são um hobby, o objetivo de Vanessa é juntar imagem e som em um mesmo projeto. O caminho, pensa, pode ser o cinema, que ela adora. “Música e Artes Visuais são duas linguagens que têm tudo a ver, entre si e comigo, de uma maneira muito forte”, explica.

Carreira militar

O estudante de Licenciatura em Música da Embap Jonas Satelis de Carvalho mora no Tatuquara – a primeira regional a oferecer o MusicaR, com a do Cajuru – e conta que amadureceu no programa.

“Foi uma oportunidade muito especial para mim. Aprendi a cantar, o que ajudou a me abrir emocionalmente e a escolher o que fazer na faculdade”, conta Jonas.

Dominando outros dois instrumentos de sopro – o trombone e o eufônio, que lembra a tuba – Jonas quer fazer música no quartel. Está nos seus planos entrar para o Exército e poder tocar na banda da corporação.

Sementes musicais

O MusicaR foi pensado para jovens interessados em começar o estudo da música, por meio de conteúdos teóricos e práticos para iniciantes. A proposta é   descentralizada e grátis. Nove professores atendem as unidades ofertantes do programa, que também conta com 11 estagiários de nível superior.

Ele nasceu em 2017, a partir das Regionais Tatuquara e Cajuru. Este ano, com o ingresso da Matriz e da CIC, é ofertado nas dez regionais administrativas de Curitiba. O R maiúsculo do final da palavra MusicaR remete à palavra Regional e à sua característica descentralizante, para facilitar o acesso do público que mora longe do Centro.

Desde o início, 1509 crianças e adolescentes de 7 a 17 anos passaram por ele. Os anos mais difíceis da pandemia do novo coronavírus foram os que mais registraram inscrições, com 338 e 332 participantes nos encontros on-line.

“O MusicaR trouxe esperança para a vida das crianças e dos adolescentes. Foi a forma de contato possível e, também por isso, muito valorizada por eles naqueles momentos duros”, analisa o professor Edmilson, ele próprio ex-estagiário dos primeiros meses do programa. No ano seguinte, em 2019, já licenciado em Música pela UFPR, começou a atuar como professor.

Formação diversificada

O programa oferece oficinas práticas sobre percussão (corporal e instrumental) e canto coral (infantil e juvenil). Ao mesmo tempo, os alunos exercitam a percepção e apreciação musical e rítmica, a construção de instrumentos alternativos, o solfejo e escrita musical, além de conhecerem o repertório brasileiro, internacional e participarem de jogos musicais.

O conteúdo é padronizado para todas as regionais em reuniões semanais onde são avaliadas a metodologia e o repertório. Porém, cada professor pode acrescentar particularidades nas técnicas de ensino, de acordo com o nível da turma.

Serviço:
Como participar
Consultas sobre vagas disponíveis para as Regionais e inscrições devem ser feitas por aqui:
https://www.sympla.com.br/produtor/programamusicar