A Prefeitura de Curitiba, através da Fundação Cultural de Curitiba e do Instituto Curitiba de Arte e Cultura (ICAC), participa mais uma vez da campanha Junho Vermelho, organizada pelo Movimento Eu Dou Sangue pelo Brasil. O objetivo da ação é incentivar a doação de sangue e tornar essa prática um hábito na vida da população, especialmente nos meses de inverno, quando o estoque dos bancos de sangue cai cerca de 30% em relação aos outros meses.
Para lembrar a importância da iniciativa, que acontece pelo segundo ano consecutivo em todo o país, a Prefeitura irá iluminar de vermelho a Capela Santa Maria durante o todo o mês. No dia 25 de junho, na Praça Jacob do Bandolim, no centro histórico da cidade, acontece o encerramento nacional da campanha, com shows e ações sociais ligadas à doação de sangue.
A Prefeitura ainda irá fazer campanhas de conscientização em suas redes sociais durante todo o mês para estimular o curitibano a se tornar um doador de sangue. Além de Curitiba, participam do movimento nacional as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. De acordo com Débora Arones, coordenadora nacional da campanha, mais cidades e entidades devem aderir ao movimento.
Poucos doadores, baixo estoque –No Brasil, os doadores correspondem a apenas 1,9% da população, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que 3% a 5% dos habitantes de um país sejam doadores. Em 2015, o Junho Vermelho conseguiu evitar essa queda no período dos meses de junho, julho e agosto, e ainda gerou um aumento no volume de doações em cerca de 30%, segundo dados da Hemorrede da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Hoje, no Brasil, são coletadas anualmente 3,6 milhões de bolsas de sangue, correspondendo a 3,1 milhões de transfusões em ambulatórios e hospitais.
“A doação de sangue é muito mais do que um ato capaz de salvar vidas, é um ato que sintetiza a cultura de paz. Sangue não tem cor, gênero, religião, partido político, time de futebol. Sangue é o que nos iguala e nivela”, diz a coordenadora da ação, Debi Arones.
A escolha do mês de junho para concentrar as ações e estimular esse hábito se baseia na data fixada pela OMS para homenagear o doador de sangue, o dia 14 de junho, Dia Mundial do Doador de Sangue.
As idealizadoras da campanha Junho Vermelho, Debi Aronis e Diana Berezin, se envolveram com a causa em 2011, depois de vivenciar um problema de saúde na família. “Somente quem vive a dificuldade de conseguir sangue sabe a importância das doações. Depois de sentir na pele o que é isso, decidimos disseminar e promover a conscientização para que esse se torne um hábito na vida do brasileiro”, explica Diana.
No período de férias, além dos baixos estoques, cresce o número de acidentes nas estradas, pressionando ainda mais os hemocentros. “Nada substitui o sangue e, portanto, só a solidariedade pode ajudar aqueles que precisam”, enfatiza Diana.
Para doar – Em todo o Paraná, são mais de 20 unidades do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) disponíveis para fazer a coleta e que atendem 384 hospitais. Somente em Curitiba, o centro recebe diariamente uma média de 120 doadores que abastecem cerca de 40 hospitais.
Os endereços podem ser encontrados aqui http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=2983. O Hemobanco e a Santa Casa de Curitiba também recebem doações.
Para doar sangue, é preciso estar em boas condições de saúde, estar alimentado (recomenda-se evitar a ingestão de comida gordurosa nas quatro horas que antecedam a doação e bebidas alcoólicas 12 horas antes da coleta), ter entre 16 e 67 anos, pesar no mínimo 50 kg e levar documento de identidade original com foto.
Os menores de idade devem estar acompanhados de um responsável. O período entre uma doação e outra deve ser de 60 dias para os homens e de 90 para as mulheres.