Após 11 dias, chegou ao fim a 41ª Oficina de Música de Curitiba. Mais de 117 professores e 2 mil alunos do Brasil e exterior participaram de 120 cursos e 180 eventos, sendo mais de cem deles gratuitos. Ao todo, 50 mil pessoas foram atingidas pela oficina.
Cerca de 300 músicos, entre professores e alunos, se apresentaram na noite desse domingo (4/2), para o encerramento. O concerto transformou o palco do Teatro Guaíra numa celebração musical memorável com homenagens e momentos marcantes.
O prefeito Rafael Greca, acompanhado da presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro, e do diretor executivo do Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Marino Galvão Jr., expressou sua satisfação com o evento.
“É a elevação do nome de Curitiba às esferas cósmicas. A música é uma coisa celestial, estou muito feliz. Ao presenciar esse concerto tão magnífico, tenho certeza de que até no céu Paulo Leminski também está apreciando”, disse Greca.
O concerto reuniu alunos dos cursos de instrumento, regência orquestral e canto coral, prestando homenagens aos compositores Giacomo Puccini, Bedrich Smetana e ao poeta curitibano Paulo Leminski, que também é o destaque desta edição. A transmissão ao vivo pelo YouTube alcançou quase 3 mil visualizações ao todo durante a apresentação.
O diretor artístico da Oficina, Abel Rocha, enfatizou a importância da diversidade presente no concerto. “Observar como a atividade artística impulsiona não apenas a expressão criativa, mas também movimenta a atividade econômica, é fascinante. A oficina é uma experiência enriquecedora, e é com imenso prazer que compartilho essa celebração, verdadeira festa da arte e da cultura.”
Homenagem e emoção
Além disso, o programa incluiu obras da compositora e professora da classe de viola, Jessica Meyer, e dos compositores brasileiros Carlos Gomes, João Guilherme Ripper e José Miguel Wisnik. O grande coro, composto por 200 alunos regidos por Mara Campos, emocionou o público ao dedicar a obra Subir Mais, poesia musicada de Paulo Leminski, às falecidas musicistas Wanessa Dourado e Carmem Andrada.
No palco, o cantor curitibano Lucas Pedroso, aluno pelo terceiro ano da Oficina, comemorou mais essa conquista. “A Oficina traz toda a comunidade da cidade. É inesquecível para nós e espero que seja também para o público. Cantar com tanta gente, de tantos lugares diferentes, e ainda mais aqui no Guaíra, que é tão importante para a cidade”, disse.
Alunos da classe de regência atuaram como maestros da noite, alternando-se para liderar as apresentações. O aluno Renan Cardoso, regente da Orquestra Jovem Vale Música de Belém do Pará, veio na edição passada sozinho; nesta edição, trouxe mais dez integrantes da Orquestra para aproveitar as aulas. “Esse aprendizado se multiplicou; foi uma experiência muito enriquecedora retornar à oficina desta vez com todos eles. Foi o primeiro festival para muitos deles”.
A Oficina provou ser um catalisador cultural, conectando estudantes, professores, atrações musicais e o grande público curitibano. “Já estive em muitos festivais em todo o Brasil, mas o que acho muito único neste é como movimenta não só músicos, mas se torna um movimento da cidade, não apenas um nicho. São muitas atividades”, disse Pedro Visckolas, professor de viola.
A 41ª Oficina de Música de Curitiba é realizada pelo Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura de Curitiba, com patrocínio do grupo Volvo e Sanepar – Companhia de Saneamento do Paraná. Também apoiam o evento: Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Centro Cultural Teatro Guaíra, Escola de Música e Belas Artes do Paraná – Campus Curitiba I da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Universidade Federal do Paraná – Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC), Família Farinha, Hard Rock Cafe Curitiba, LAMUSA – Laboratório de Música Antiga, Rádio Educativa 91.7 FM, TV Paraná Turismo, Teatro Regina Casillo e Bicicletaria Cultural.