O Coreto Digital, telão da Fundação Cultural de Curitiba dentro do Passeio Púbico, está com uma série de novidades. Entre elas, o curta-metragem Cinema Mudo, com atores mirins da Vila das Torres, que já conquistou prêmios em festivais do mundo e agora estreia na capital paranaense.
Gravado na comunidade da Vila Torres, Cinema Mudo estreará em Curitiba no dia 18 de setembro, às 16h, com a presença dos atores e da equipe de produção.
Serão 20 pessoas com distanciamento social, e respeitando todas as medidas de segurança contra a covid-19.
“O filme é um produto coletivo, com uma equipe bem montada, que resultou em prêmios para todas as áreas da filmografia. Lançar ele nesse espaço aberto e público, caiu como uma luva”, comentou Melo Vianna, diretor do curta-metragem.
Com duração de 15 minutos, o curta dirigido por Melo Viana é rodado em preto e branco e se passa na década de 1930, justamente o período de transição para o cinema falado.
O filme lançado em 2020, foi produzido com a Lei de Incentivo à Cultura, edital do Mecenato Subsidiado, da Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal. Entre os principais prêmios estão Melhor Cinematografia e Melhor Edição no Varese International Film Festival, na Itália; Melhor Filme no Eurasia International Film Festival, na Rússia; Melhor Cinematografia, Melhor Edição e Melhor Figurino no Venice Film Awards, também na Itália; e Melhor Ideia Original, no Top Indie Film Awards, no Japão.
Para que o filme fosse rodado, um curso de teatro foi realizado no Clube das Mães da Vila Torres e a comunidade também se envolveu com a produção.
Bandas curitibanas
Além do curta, a programação do Coreto Digital conta ainda com uma nova programação de shows. São 15 bandas curitibanas, das 35 selecionadas pelo edital Música no Coreto.
As gravações em alta qualidade foram produzidas dentro do Teatro do Paiol especialmente para rodarem no Coreto Digital.
Nesta nova programação estão contempladas videoclipes das bandas curitibanas: Anacrônica, Conde Baltazar, Conjunto Deixa Falar, Expresso Vermelho, Jacu Eletrônico, Lenhadores da Antártida, O Silêncio, Os Sonhos Não Envelhecem, Pitombas do Amor, Rabo de Galo, Rosa Armorial, Rubia Divino, Tapuia Trio, Trio D Favetti e Trio Quintina.
Se unem aos shows, uma homenagem da Orquestra À Base de Sopro ao jazzista brasileiro Airto Moreira. A música escolhida se chama “Misturada”, entre as imagens dos músicos, a trajetória musical de Moreira é contada com ilustrações que focam na brasilidade que o Airto levou pro mundo através de instrumentos de percussão por ele explorados, especialmente no universo do jazz (chocalhos, pandeiro, bumbo, caxixi, atabaque, entre outros).