Curitiba irá contar com um novo programa de preservação e recuperação de imóveis do Centro Histórico. Uma prévia do projeto Rosto da Cidade foi apresentada ao prefeito na tarde desta terça-feira (18/9) nos prédios do Conservatório de MPB e o Solar dos Guimarães.
“Este programa é um sonho para mim, para devolver ao rosto sagrado de Curitiba a sua condição de dignidade. É um projeto antipichação e antivandalismo. Xô tranqueira e xô pichador”, afirmou o prefeito Rafael Greca.
Idealizado por Greca, o projeto visa a recuperação de imóveis em uma área de dois quilômetros quadrados do setor histórico e área central onde se pretende agregar valor e preservar uma série de edificações entregues ao abandono na região. Com investimentos de cerca de R$ 5 milhões, o projeto deverá ser lançado oficialmente em outubro, numa ação em parceria com a Associação Comercial do Paraná (ACP), os proprietários de imóveis do centro tradicional e a iniciativa privada.
Acompanharam o prefeito no evento de demonstração do projeto, o vice-prefeito Eduardo Pimentel, o presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Serginho do Posto, a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro, o diretor do Patrimônio, Marcelo Sutil, o presidente do Instituto Municipal de Administração Pública (Imap), Alexandre Jarschel, a presidente do Instituto Municipal de Turismo, Tatiana Turra e o coordenador de projetos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Mauro Magnabosco.
Antipichação
O conjunto de prédios que integram o Conservatório de MPB e o Solar dos Guimarães fará parte de primeira fase do Rosto da Cidade, na qual quatorze imóveis públicos municipais receberão nova pintura. Para o prefeito, a pichação é uma apropriação indébita do rosto da cidade.
“Os jovens têm espaço para se expressar em galerias de arte e demais espaços da cultura, com locais para o grafite. Não tem cabimento destruir imóveis públicos e privados. Vamos combater isso usando a tecnologia antipichação”, disse.
O projeto terá quatro etapas previstas. “A ideia é começar pelos prédios da Prefeitura e igrejas históricas e depois avançar em edificações particulares, a partir de convênio com proprietários a ser costurado pela Procuradoria do Município”, explicou o prefeito.
Na opinião do presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Serginho do Posto, o Rosto da Cidade simboliza mais uma ação positiva da Prefeitura. “É uma demonstração de zelo para com a cidade e o patrimônio histórico que faz parte da alma de Curitiba. Desejamos que o projeto possa expandir com o apoio de parceiros e que todos os curitibanos possam contribuir”, afirmou.
O responsável pela tecnologia antipichação que é aplicada por sobre a tinta, Fabiano Polak, lembrou que o Paço Municipal, as praças Espanha e Afonso Botelho já contam com a proteção do material impermeabilizante, num total de nove endereços públicos da cidade. “É um sistema de proteção do patrimônio contra poluição, pichações, infiltração, urina e vandalismo”, explicou.
Etapas
A segunda etapa do Projeto Rosto da Cidade compreende o Largo da Ordem, desde a Rua João Manoel (Praça João Cândido) até a Rua Barão do Serro Azul; e a Rua São Francisco, desde a Rua Barão do Serro Azul até a Rua Presidente Farias. A recuperação do pavimento da Rua São Francisco integra o projeto e deve ter início no primeiro trimestre do ano que vem.
A terceira etapa envolve as Praças Tiradentes, Borges de Macedo e Generoso Marques; a quarta etapa será o eixo entre as Ruas Barão do Rio Branco e Riachuelo e a quinta etapa a Rua Trajano Reis, desde o Setor Histórico até a Praça do Gaúcho.
____________________________________________________
Confira os imóveis da primeira fase do Projeto Rosto da Cidade
1. Casa Hoffmann
2. Casa Romário Martins
3. Casa da Memória
4. Memorial de Curitiba
5. Arcadas de São Francisco
6. Palacete Wolf
7. Casa do Artesanato
8. Conservatório de Música Popular Brasileira
9. Solar dos Guimarães
10. Cinemateca
11. Novelas Curitibanas
12. Cemitério Municipal
13. Solar do Barão
14. União Paranaense dos Estudantes