A 37ª Oficina de Música de Curitiba reuniu o maior número de participantes e com mais cursos do que em suas últimas edições. Este ano foram 2.149 alunos, 127 cursos e 3.131 vagas preenchidas. Em 2019 foram 1.891 alunos, 116 cursos e 2.856 vagas em 10 dias e, em 2018, 1.473 alunos, 111 cursos e 2.098 vagas.
Além do crescimento do número total de alunos, também chama a atenção a maior presença de estrangeiros e diversidade de países de origem. Se em 2018 vieram para a Oficina 38 alunos de oito países e, no ano seguinte, 45 de sete procedências, este ano mais idiomas e sotaques vieram se misturar: 99 inscritos de 10 países.
A Argentina foi quem mais mandou alunos, com 73 inscritos. Também registram presença no evento estudantes da Bolívia, Paraguai, Holanda, Uruguai, Estados Unidos, Colômbia, Índia, Itália e França.
Erudito e popular, mistura que deu certo
Para o presidente do Instituto Curitiba de Arte e Cultura (Icac), Marino Galvão, o formato adotado a partir de 2018 de unir as fases erudita e popular tornaram a Oficina mais atraente para os alunos. “São mais eventos diversificados acontecendo num mesmo dia”, disse. Para ele, a época do ano em que acontece a Oficina, e que foi mantida, colabora para a consagração do modelo adotado para o evento.
Até então, a Oficina durava o dobro do tempo, com as fases erudita e popular acontecendo em datas diferentes. “Com a mudança, inclusive o público percebe e se motiva com essa sinergia, com os diferentes sons e ritmos misturados nos espaços de espetáculos e até nas ruas, e participa mais”, complementa o presidente do Icac.
Das 3.13 vagas preenchidas, 2.370 foram nos cursos tradicionais – 93 em Música Antiga, 1.003 em MPB e 1.274 em Erudita. As demais vagas foram distribuídas entre o programa MusicaR (324), Música e Tecnologia (105) e Oficina Verde (332).
Palcos e artistas
O número de palcos também cresceu. Além dos espaços tradicionais de espetáculos, quatro locais passaram a receber a programação da Oficina: o Cine Passeio (com a celebração dos 100 anos de nascimento do cineasta italiano Federico Fellini), o Belvedere, ao lado das Ruínas do São Francisco (apresentação de espetáculo de choro e seresta), o Passeio Público (apresentações de MPB e música erudita) e o novo Teatro Regina Casillo.
Também foi ampliado o número de músicos no palco. Se no ano anterior as pessoas com deficiência visual tiveram espaço apenas para cursos específicos para o seu perfil, agora elas também exibiram o resultado do aprendizado em um concerto, que aconteceu no sábado (25/1), às 14h, no Teatro do Paiol.
Parceria
A 37ª Oficina de Música de Curitiba teve o patrocínio da Caixa Econômica Federal e apoio de Família Farinha, Comunidade Luterana Igreja de Cristo, Igreja Bom Jesus dos Perdões, Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Bicicletaria Cultural, Universidade Federal do Paraná, Lamusa – Laboratório de Música Antiga da Universidade Federal do Paraná, Sistema FIEP, Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC), HOG The One Curitiba, Solar do Rosário, Casillo Advogados e apoio máster do Teatro Guaíra e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).