A Camerata Antiqua de Curitiba iniciou o ano com concertos, entre os dias 11 e 13, no Hospital das Clínicas, Lar dos Idosos Recanto do Tarumã e no Hospital Zilda Arns. Cerca de 500 pessoas que assistiram o grupo nessas três manhãs, sob a regência da maestrina do Coro, Mara Campos. Essa programação fez parte do ‘Música pela Vida’, projeto que o grupo já realiza há 16 anos.
Segundo a terapeuta ocupacional do Lar dos Idosos, Fabiana Alexandre da Silva, a música facilita a recuperação e traz novo fôlego a rotina. “Sabemos que a música ajuda na questão neurológica, mas a presença da Camerata aqui vai além, pois dá um reforço positivo no dia-a-dia dos idosos e funcionários do asilo”, explica Fabiana. Noel Rosa, morador do Recanto do Tarumã, também reforça o elogio, “a apresentação foi muito boa, acalma a gente”.
Depois de 11 dias acompanhando o marido internado no Hospital Zilda Arns, dona Vitalina Ferreira dos Santos, de 75 anos, quis aguardar para assistir concerto da Camerata antes de ir embora. “É tão importante para os pacientes quanto para nós, acompanhantes, ouvir essa música. Nos traz alegria e conforto”, enaltece Vitalina.
Para os 41 músicos da Camerata Antiqua de Curitiba o sentimento não é diferente, explica Francisco Freitas, representante da Orquestra: “É muito gratificante e recompensador para nós essas apresentações. Queremos esse ano ampliar essa ação’, diz Freitas.
O repertório para os projetos sociais da Camerata também são um diferencial, avalia Mara Campos. “Buscamos nos aproximar ainda mais e mostrar que a música erudita não é tão distante como as pessoas costumam pensar”, adianta a regente.
Música pela Vida – A Camerata Antiqua de Curitiba, grupo da Prefeitura e Fundação Cultura de Curitiba, administrada pelo Instituto Curitiba de Arte e Cultura, tem mais de 40 anos de trabalho e o Programa Música pela Vida é apenas uma das atividades desenvolvidas com a comunidade. A intenção é compartilhar a experiência musical da Camerata em apresentações com um repertório vivo e alegre em diversos hospitais, asilos, creches e escolas de educação especial. Os concertos são para funcionários, familiares e amigos. “Nossa proposta é trabalhar a música como terapia”, diz a regente Mara Campos.
