Diante de um Guairão lotado, Renato Borguetti e 12 jovens gaiteiros fizeram uma apresentação que que levou a plateia a cantar junto com os músicos, em coro. No repertório, além da já tradicional Felicidade, do gaúcho Lupicínio Rodrigues, uma inesperada releitura de Asa Branca, do pernambucano Luiz Gonzaga. O espetáculo destacou os talentos da “Fábrica de Gaiteiros”, um projeto social idealizado por Borghetti, que tem transformado vidas em diversas cidades, através do ensino do acordeon.
“É uma alegria imensa ver esses jovens no palco. A música é um caminho para preservar nossa cultura e abrir portas para o futuro”, afirmou Borghetti, que reforçou: ‘Eles tocam com o coração, e isso é o que faz toda a diferença. Parabéns, Curitiba, pela Oficina de Música”
Entre os destaques da noite estava Karoline Jancoski, de 12 anos, de São Bento do Sul (SC). Ela estuda na Fábrica de Gaiteiros há dois anos. Emocionada, a estudante descreveu a experiência de se apresentar no palco de um teatro como o Guaíra. “No começo deu um nervoso, até uma tontura. Mas quando a gente começa a tocar, tudo parece ficar melhor. Foi incrível ver todo mundo aplaudindo”, disse.
Improviso paranaense
Outro momento especial foi a participação de Crys Gaiteiro, de 13 anos. Mesmo sem integrar o elenco, pouco antes do show ele pediu para tocar ao lado de Renato Borghetti. O jovem é o atual campeão de acordeom do Festival Paranaense de Arte e Tradição, e brilhou no palco. “Eu sou fã dele, e nem acredito que toquei junto, e ainda no Teatro Guaíra. É a realização de um sonho”, comemorou.
Satisfação
Foi a primeira vez que Paulo Henrique Tisse Munhoz Duarte e sua família prestigiaram a programação da Oficina de Música. A experiência foi tão marcante que eles já planejam voltar. “Borghetti é um artista completo. Com ele, a gente chora, ri e se diverte. Foi por vê-lo na programação que me interessei pela Oficina, mas agora percebi que tem muita coisa boa acontecendo”, destacou.
Sobre a Fábrica de Gaiteiros
Criado em 2010, o projeto da Fábrica de Gaiteiros oferece aulas gratuitas de acordeon para crianças de 7 a 15 anos, com o objetivo de preservar a música regional e promover inclusão social. Com 18 unidades espalhadas pelo sul do Brasil e Uruguai, a iniciativa já transformou a vida de centenas de jovens.
Ao final do espetáculo, Renato Borghetti agradeceu ao público curitibano e reforçou a importância de iniciativas culturais como a Oficina de Música.
“A música tem o poder de unir as pessoas, de contar histórias e de transformar vidas. Ver esses jovens no palco é a prova disso”, assegurou.
A 42ª Oficina de Música de Curitiba é realizada pelo Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura de Curitiba, com patrocínio do grupo Volvo e Sanepar – Companhia de Saneamento do Paraná. Também apoiam o evento: Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Centro Cultural Teatro Guaíra, Escola de Música e Belas Artes do Paraná – Campus Curitiba I da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Universidade Federal do Paraná – Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC), Família Farinha, LAMUSA – Laboratório de Música Antiga, Rádio Educativa 91.7 FM, TV Paraná Turismo, Hard Rock Cafe e Bicicletaria Cultural.