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22 fev

Vereadores conhecem modelo de gestão da 35ª Oficina de Música

Publicado em: ICAC por: viridiana
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O presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcelo Cattani, e o diretor de ação cultural, José Roberto Lanza, apresentaram nesta quarta-feira (7/2), na Câmara de Vereadores, o modelo de gestão adotado na 35ª Oficina de Música de Curitiba, que começou em 27 de janeiro e termina nesta quinta-feira (8/2).

Os vereadores assistiram a um filme institucional sobre as atividades promovidas até o momento pela oficina. A programação ofereceu 96 cursos e cerca de 170 eventos – concertos em teatros e parques, palestras, workshops.

A apresentação contou ainda com a presença do presidente do Instituto Curitiba de Arte e Cultura (Icac), Marino Galvão, e de Janete de Andrade, coordenadora de música do órgão e da Fundação Cultural. O Icac e a Fundação Cultural são os responsáveis pela organização direta da 35ª Oficina de Música de Curitiba.

Apoio legal

Além da parte conceitual do evento, Cattani destacou a importância do apoio do prefeito Rafael Greca para o desenvolvimento do projeto e o amparo legal dos vereadores na aprovação do Plano de Recuperação de Curitiba. O plano deu sustentação financeira e econômica para o município retomar a oficina, que não foi realizada em 2017, e vários outros projetos vinculados à área cultural.

Segundo Cattani, havia um impacto (financeiro) muito grande no começo de 2017, com um grave desequilíbrio orçamentário. “Herdamos uma dívida expressiva de mais de R$ 2 bilhões, e por isso, houve um entendimento para a gente fazer uma reprogramação de várias atividades e a administração municipal fez isso de forma prudente”, destacou. “Mas lamentamos (o cancelamento da Oficina da Música em 2017), porque convivemos com a comunidade curitibana que faz a música, brasileira, e isso repercutiu de alguma maneira”, frisou.

“Em nome do prefeito Rafael Greca venho fazer um agradecimento especial aos vereadores que apoiaram nosso Plano de Recuperação de Curitiba, porque justamente a cultura é um dos braços mais frágeis nessa nossa estrutura orçamentária, com parcos recursos para fazer e atender tão bem todas as nossas dez regionais”, disse.

No calendário

Cattani disse ainda que, com a determinação da equipe da Fundação e apoio incondicional do prefeito, foi possível não só retomar, mas também recolocar a Oficina de Música no calendário de eventos do município, e buscar um conjunto de patrocinadores.

Ele anotou ainda que o Plano de Recuperação de Curitiba vai permitir, em 2018, retomar as atividades do Fundo Municipal de Cultura. “Além disso, em maio, teremos a entrega do Cine Passeio, um complexo de cinemas de rua, também uma antiga reivindicação, recuperando o entorno da Rua Riachuelo com a Carlos Cavalcanti, no Centro”, afirmou. “Então, a Oficina de  Música acaba trazendo mais alegria porque se fundiu com o pré-carnaval e desemboca no carnaval, onde a gente tem uma programação de bairro e de avenida bem estruturada”.

Cattani destacou o esforço do município para preservar a tradição da festa de carnaval na cidade. “Estamos fazendo um esforço grande com os blocos, com as escolas, para manter essa tradição em um bom nível.”

Níveis culturais

Ainda quanto à Oficina de Música de Curitiba, o diretor de ação cultural, José Roberto Lanza, ressaltou o aspecto conceitual do evento e a importância para a economia da cidade.

“Existem dois níveis que envolvem a Oficina de Música. Um deles por meio da importância da cultura e da arte para a economia da cidade, e o outro quanto ao aspecto intangível ou subjetivo da cultura”, disse.

Sobre a economia, Lanza disse que o evento causa um importante impacto no desenvolvimento da cidade. “A gente gera um volume grande de empregos, envolve vários fornecedores, e, por consequência, a cidade tem de volta o investimento que foi feito na ação.”

Intangível

O segundo nível, de acordo com Lanza, se refere à subjetividade do evento. “A arte e a cultura têm a função estratégica de entrar em níveis do intangível, sem os quais a vida não teria sentido”, disse.

E completou: “e essa dimensão, felizmente, a gente não consegue materializar em números.”